24 maio 2007

Internauta, Reze pra Santo Isidoro


Você pode até não saber o que está fazendo na Internet, mas com certeza existe alguém olhando por você... Santo Isidoro de Sevilha é o padroeiro dos BONS usuários da Internet. Tem até oração:

Deus eterno e todo-poderoso, que nos criou à sua imagem e semelhança e nos fez procurar tudo o que é bom, verdadeiro e belo, especialmente na divina pessoa de Seu Filho unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, permita-nos que, através da intercessão de Santo Isidoro, bispo e doutor, durante nossas jornadas pela Internet, nós dirijamos nossas mãos e olhos apenas ao que é agradável a Vós e tratemos com caridade e paciência todas as almas que encontremos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Além da Internet, Santo Isidoro também é considerando patrono da computação e dos estudantes. Essa homenagem é devido ao fato de que ele foi considerado, por excelência, o "Doutor da Igreja" e um grande enciclopedista. Sua relação sacra com a computação baseia-se no fato de ele ter criado sistemas para classificação de dados em suas enciclopédias. Quem quiser acender uma vela ou fazer uma promessa, ou mesmo uma quermesse em homenagem ao santo, o dia dele é 04 de abril (04/04 ou ainda 00000100/00000100 ou 0x04/0x04, quem sabe binário e hexa entende o que eu digo...)

Então, da próxima vez que o seu PC com Windows trancar, ou aquele download estiver muito lento, ou ainda se você espera, por milagre, que sua conexão discada torne-se uma ADSL ilimitada, reza pra Santo Isidoro...

16 maio 2007

Mistérios Matemáticos

Sub-título (sugestão de um aluno meu): Site Misterioso em Javascript + Macumba

Não sou um especialista em matemática, mas às vezes o pessoal que coloca algumas coisas na internet acha realmente que a gente é ignorante. Com freqüência recebo indicação de links de sites ou comunidades no orkut nas quais alguém descobriu "o terceiro segredo de Fátima" na matemática.
Na verdade a maior parte deles não passam de brincadeiras antigas de "ilusionismo", na qual trabalha operações matemáticas que as pessoas demoram a validar a contra-prova. A exemplo desse aqui:

http://www.vwgdesign.com.br/vwgdesign/pop_trab_acad_pensamentos2.htm

Matematicamente é muito fácil explicar o que acontece:
- Toda vez que você escolhe um número com 2 algarismos, está optando, por assim dizer, por um número com o seguinte formato:
du : onde "d" é o algarismo das dezenas e o "u" é o algarismo das unidades.

- A "brincadeira" pede para você subtrair os dois algarismos do número original
du - d - u = y

- perceba então o que acontece: ao subtrair "u" de "du", o resultado é sempre um número do tipo "d0", ou seja, sempre um múltiplo de 10 (10 * d).

- agora, quando você subtrai "d" de "d0", está na verdade conseguindo um valor "y" que é um múltiplo de 9, pois é equivalente a ter feito:
10 * d - 1 * d = 9 * d

- Se prestar atenção na tabela que aparece no site, verá que os números múltiplos de 9 têm todos o mesmo símbolo, o qual eles mudam constantemente, para tornar a magia mais interessante e dificultar um pouco a descoberta.

- Desfeita a "mágica".

15 maio 2007

Liberdade e Libertinagem

Nos idos de 1989, quando entrei no já extinto (graças à "maravilhosa" LDB de 1996) curso de Informática Industrial do CTU da UFJF, tive aula, logo no primeiro ano, com a Prof. Maria Inês (acredito que é assim a grafia correta), nas disciplinas de EMC (Educação Moral e Cívica) e OSPB (Organização Social e Política Brasileira). A despeito de toda carga histórica de demagogia e relação com a didatura, uma coisa aprendi com aquela professora nesses espaços de "civismo" e "moral": Liberdade não rima com libertinagem.

Para ela e para mim, como ficou marcado, é possível criar e estimular um ambiente de liberdade aos alunos sem que se descambe para a sacanagem (libertinagem = liberdade + sacanagem). O que ela quis dizer é que devemos, como professores, criar um ambiente para os nossos alunos pensarem, criticarem e refletirem sobre a sua educação, profissionalização e realidade social. Entretanto, a heterogeneidade de nossas classes dificulta o atingimento dessa liberdade utópica. Muitos alunos, embriagados em liberdade, acabam por transformá-la em indisciplina.

A partir daí, como professor, questiono-me: devo revogar essa liberdade e tornar as aulas um espaço de exercício de poder e disciplina? Creio piamente que não. Essa não foi a forma com que minha educação foi formada. Ainda creio que, respeitada certas formalidades dos papéis aluno e professor, é possível tornar os alunos parceiros do exercício do ensino. Mas e como agir quando da indisciplina? Bem, há várias formas, mas com certeza, na minha opinião, o confronto direto não é uma delas. O aluno, em especial o do curso superior, apesar de ser um adulto praticamente formado, ainda é uma criança profissionalmente falando.

Falta-lhe muito ainda em organização, disciplina, ética e responsabilidade no campo profissional, apesar de toda sua carga de experiência familiar e social, que lhe caracterizam um cidadão pleno. Dessa forma, o que é visto como "punição", deve ser antes visto como uma oportunidade de reflexão. Nesse caso, cito meu exemplo particular: "tentando" ministrar uma aula que exigia concentração (falava de algoritmos e deadlocks), não conseguia, por nenhum meio, obter a atenção da turma. Ao invés de exaltar-me, gritar, xingar, ficar pedindo silêncio em vão, propus um questionário sobre o conteúdo que eu tentava ministrar.

Não que um questionário não seja uma forma adequada de ensinar ou apoiar o conteúdo teórico, mas era uma forma de oportunizar-lhes alguma reflexão. O questionário, no momento em que foi proposto, era uma atividade chata, enfadonha e aparentemente sem progresso. Por que eu, como aluno, deveria sair da minha casa numa noite fria para ir fazer questionário? Na aula em questão, não deveria mesmo, mas pense no professor que preparou aquela aula, esperava apresentar um conteúdo relevante e não conseguiu. Da mesma forma com que o aluno se sentia frustrado naquele momento, por se sentir "punido" com o questionário, assim também o era o professor por não conseguir dar prosseguimento ao planejamento do seu trabalho.

07 maio 2007

Flamengo até morrer!

Diziam que o Flamengo estava morto. Diziam que o Botafogo era imensamente superior em técnica. Diziam que Ney Franco era um "novato". Diziam que o time não iria pra frente pois não tinha jogadores famosos...

Pois agora EU digo: Flamengo é CAMPEÃO CARIOCA!!! Mais uma vez valeu a raça, a determinação contra todas pragas e tentativas de desestimular a equipe. Mais uma vez o Flamengo provou que não precisa de "galáticos" para vencer o campeonato carioca. Precisa, antes de tudo, de jogadores comprometidos, de um técnico que não esteja tentando fazer do time um trampolim para a Seleção ou para a Europa ou ainda um país árabe.

Mais uma vez o Flamengo mostra que sua equipe é preparada para o jogo coletivo e para a atuação individual, como ficou nítido no segundo gol, de Renato Augusto, partindo de um chute preciso, indefensável, perfeito, planejado. E o que dizer do goleiro Bruno? Qualidade nata superando a experiência. Esse garoto tem futuro, ou melhor, já tem presente. E agora é um herói rubro-negro. Defender dois pênaltis numa final!!!

É muita emoção, é muita alegria. Parece que vi o Flamengo, com uma equipe a princípio desacreditada, voltar aos tempos de glória da década de 80. Claro que é um passado praticamente insuperável, mas isso prova que nada é definitivo, nem mesmo as más diretorias que vêm assolando esse gigante do futebol nacional.

Uma vez flamengo.
Sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser
É meu maior prazer vê-lo brilhar
Seja na terra, seja no mar
Vencer, vencer, vencer
Uma vez flamengo, Flamengo até, morrer

Na regata ele me mata,
Me maltrata, me arrebata
Que emoção no coração
Consagrado no gramado
Sempre amado, o mais cotado
Nos Fla-Flus é o "ai, Jesus"!
Eu teria um desgosto profundo
Se faltasse o Flamengo no mundo

Ele vibra, ele é fibra
Muita libra já pensou
Flamengo até morrer eu sou